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ANMP associa-se ao luto nacional por Diogo Freitas do Amaral pelo seu contributo para o municipalismo e a democracia
Quis o destino que as últimas páginas escritas por Diogo Freitas do Amaral tivessem por título “Mais 35 anos de democracia – um percurso singular”, uma obra autobiográfica, de memórias, que traça os caminhos plurais de um homem e político singular, a que a Associação Nacional de Municípios Portugueses, no momento da sua morte, presta homenagem pelo seu contributo para a construção da democracia em Portugal, expressando as mais sinceras condolências à família e associando-se ao luto nacional decretado pelo Governo.
Freitas do Amaral foi um homem e um político cuja ação foi muito para além do que habitualmente denominamos como de direita e de esquerda, tendo evidenciado, ao longo da sua vida, nomeadamente enquanto Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, o seu caráter democrata, humanista e universalista.
Recentemente, apesar de já se encontrar doente, aceitou coordenar dois estudos sobre a problemática da regionalização, a convite da Comissão Independente para a Descentralização, cujos resultados comprovam o seu sentido de Estado – o Estado Social que sempre defendeu como homem, como Professor de Direito e como político -, e estiveram na base da defesa, pela referida Comissão, da regionalização em Portugal.
Ao longo das suas quase cinco décadas de vida política, Diogo Freitas do Amaral deixou também, nas leis gerais do País, um significativo contributo para a introdução de alguns dos princípios da nossa tradição municipalista, enfatizando a importância do Poder Local Democrático para o desenvolvimento social de Portugal, no contexto da União Europeia.